Resenha: Extraordinário - R. J. Palácio

Oi gente! Como vocês estão?

Hoje a resenha é do livro: Extraordinário da R. J. Palácio. Esse livro não poderia ter tido outro título que se encaixasse mais na descrição do livro.

“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.”



Sinopse: August (Auggie) Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade...até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.










“Coragem. Bondade. Amizade. Caráter. Essas são as qualidades que nos definem como seres humanos e acabam por nos conduzir à grandeza.”


Esse livro tem a leitura mais leve do mundo. Eu li super rápido, um dia eu acho. Apesar de não parecer tão fino, as páginas não são totalmente preenchidas e a escrita da autora flui muito bem. Como a maior da parte da história do Auggie é contada por ele mesmo, eu praticamente ri durante o livro todo e achei muito legal ser perceptível, no final, que ele evolui durante o livro porque eu lembro de no começo ficar um pouco incomodada por ele ser um pouquinho mimado, mas depois você sente que não só ele mas os outros personagens também evoluem. Ah, o final... No final eu chorei muito porque todos os personagens são cativantes e eles te conquistam de um jeito que eu me senti em uma despedida na última pagina. Eu pensei realmente que não ia chorar com o final, por não ter chorado durante o livro, mas pensem em uma pessoa chorando com as últimas páginas do livro! Esse livro me surpreendeu de um jeito super positivo! Ah! E depois de ver tanto o August falar de Star Wars, eu quero muito ver os filmes (haha).

Eu já vi gente que leu esse livro e pensou: 'Nossa, como alguém pode ser tao cruel com o August? Ele é só uma criança'. Mas o ser humano é assim, nós magoamos as pessoas apenas com o olhar e nem percebemos, mesmo quando são apenas crianças inocentes e olham para outra criança diferente. Eu tenho certeza que se você visse uma criança com o rosto deformado na rua você não iria julgá-la, mas com o primeiro olhar iria ficar um pouco assustada transmitindo desconforto para ela. Então não adianta dizer o contrário, mas sim fazer com que o seu segundo ato com a pessoa seja sempre um sorriso simpático (e nunca de pena, por favor).


“Não precisamos de olhos para amar, certo? Apenas sentimos dentro de nós. É assim no céu. É só amor. E ninguém se esquece de quem ama.”


Quando eu comecei a leitura eu pensei que a autora ia mostrar só o ponto de vista do Auggie, mas eu estava enganada, logo no segundo capítulo nós vemos o ponto de vista da Via, irmã do Auggie, e depois os das outras pessoas que convivem com ele. E é muito bom ler o que eles pensam porque, além de você saber como o Auggie se sente, você entende como as pessoas que convivem com ele se sentem. Depois de ler o primeiro capítulo e achá-lo meio 'fraquinho' e ver o ponto de vista dos outros personagens eu percebi que eu tinha achado o livro fraquinho porque o Auggie não estavam filosofando tanto durante os pensamentos ou durante as conversas e essa é a intenção da autora: mostrar que eles são personagens reais e que eles podem existir na vida real!

Foi muito inteligente a autora perceber que não adiantava colocar um reflexão sobre a vida em todas as conversas que os personagens tinham porque ninguém na vida real fica filosofando o tempo inteiro. Principalmente o Auggie que é só uma criança de dez anos. Ela conseguiu transmitir pensamentos infantis quando necessário e conversas práticas do dia a dia, e eu achei isso fantástico. E isso foi o que ajudou também a deixar a leitura prática: o fato de que nós entendemos bem a historia porque ela é escrita de forma simples, mas ao mesmo tempo quando chega no final e você pensa em todas as coisas que já aconteceram, percebe como a vida do Auggie é real e extraordinária.
Sem duvidas esse livro me conquistou e merece cinco estrelas e um favorito!


“Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, por que todos nós vencemos o mundo.”


Observação: Uma coisa muito interessante, na minha opinião, foi que a autora fez com que o August conhecesse três crianças e, conforme o ano vai passando, cada criança se tornam um tipo de pessoa na vida do August. Ela nos mostrar que todo mundo conhece esses três tipos de pessoa ao longo da vida. Primeiro, o tipo que te julga por você ser quem você é e tenta te derrubar a qualquer custo; segundo, o tipo que aceita quem você é e se torna fundamental na sua vida, às vezes até sem percebermos; e terceiro, o tipo de pessoa que não te julga e nem te cativa, só passa pela sua vida e não muda nada. E mesmo aquelas pessoas que entram na nossa vida pra ficar e são muito especiais pra gente, elas vão nos machucar e nós devemos sempre saber perdoá-las porque a vida é muito curta para perder pessoas boas só por causa de um erro, afinal, todo mundo erra.


“É muito estranho como um dia você pode estar nesse mundo e, no dia seguinte, não estar mais.”

Gênero: Infanto-juvenil
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Nota: 5/5 ♥
Ano de publicação: 2013

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